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Já pararam para pensar que o Reino Animalia e o Plantae são dominantes e mais abundantes no planeta? Errado, podemos dizer que são dominantes mas em questões numerosas perdem para as pioneiras bactérias. Muitas destas que são responsáveis por auxiliar na composição dos animais e vegetais. Algumas realizam o ciclo do nitrogênio em plantas, outras presentes no processo digestivo de seres humanos e algumas invasoras que causam enfermidades nestes seres. Elas estão por toda parte...
Mas não é das bactérias que vamos falar. Mais de 10 mil espécies de plantas e animais foram encontradas em nosso planeta. Algumas já extintas, como o caso da Cyanopsitta spixii (ararinha-azul amazônica) que foi considerada extinta em 2018 e da Ferula tiginata (Sílfio), extinta na antiguidade Clássica. Outras sendo descobertas recentemente, como por exemplo o Boto Inia araguaensis, encontrado na Bacia do Rio Araguaia em 2014 e a Bromelia gracilisepala, espécie de planta encontrada na Amazônia em 2015.
Plantas
Os vegetais possuem numerosas funções, seja por fotossíntese, nutrição de seres vivos, tratamento de doenças, absorção de calor dentre outras peculiaridades que a natureza oferece. O Reino Plantae é dividido em 4 classes.
Classes do Reino Plantae Imagem: portalsaofrancisco.com |
As briófitas, são plantas minúsculas que habitam locais úmidos. Sua reprodução pode ocorrer de forma sexuada, liberando gametas ou assexuada liberando esporos. Exemplo de briófitas: musgo
As Ptderidófitas são plantas de porte maior que as briófitas, podendo ocupar locais úmidos e terrestres. A reprodução pode ocorrer de forma sexuada e assexuada, porém possuem estruturas mais complexas, como vasos condutores de seiva, caule e raiz. Exemplos de ptedidófitas: samambaias e xaxins
Gimnospermas por sua vez, compreende uma gama maior do que as pteridófitas. Possuem caule, raiz, vasos condutores de seiva mais eficiente que as samambaias (xilema e floema), frutos e sementes. Sua reprodução é sexuada, onde o poro masculino é transportado pelo auxílio da natureza (vento, chuva, insetos) até o feminino onde formam os grãos de polém. Exemplo desses vegetais: pinheiros, sequoias e araucárias.
Angiospermas assim como as gimnospermas possuem toda a estrutura, porém há o acréscimo de flores e as sementes são envolvidas por ovário, ao contrário das gimnospermas que são nuas. Outra diferença é vista na reprodução onde as sementes são guardadas no interior do fruto e ocorre pela presença do polém masculino. Angiospermas são mais abundantes em todo reino vegetal e possuem plantas de pequenos à grande porte. Exemplos: macieiras, laranjeiras, etc.
Observação: alguns autores consideram as algas como vegetais, devido a presença de cloroplasto e parede celular com celulose e realizam fotossíntese, porém outros consideram do Reino Protista como abordam alguns livros didáticos do Ensino Fundamental.
Algas maiores e de cores diferentes |
Algas microscópicas Imagens: sobiologia.com |
Os vegetais em ampla escala apresentam diversos tipos. Alguns como fonte de tratamento para enfermidades levando em conta produção de chás, remédios e antibióticos naturais. Outros com propriedades particulares, como as plantas carnívoras que se alimentam de pequenos animais. Outros ainda com capacidade de gerar o que chamamos de mutualismo, como fazem algumas algas com fungos formando os líquens, que nada mais é uma associação simbiótica entre estes seres presentes em troncos de árvores, onde a alga oferece nutrientes para o fungo e recebe em troca proteção. Válido lembrar que algumas ervas servem como bioindicadores, ou seja, se há perigo ou presença de algo por perto.
Líquens Imagem: Infoescola |
Animais
Filos do Reino Animalia Imagem: infoenem |
Aqui entra a discussão sobre o grau evolutivo das espécies. Alguns consideram errado dizer isto outros acreditam que a forma mais cordial. Pode soar de grosso modo dizer que o homem veio do macaco mas não deixam de ser parentes próximos. As semelhanças podem ser físicas e genéticas.
A estrutura em si dos animais apresenta traços evolutivos, a começar pelas poríferas (esponjas marinhas), que são considerados diblásticos devido ao seu folheto germinativo. Os Cnidários também, estes que compõem as medusas e polipos presentes no mar (água-viva e corais). A alimentação desses 2 filos ocorre intracelularmente e a reprodução é assexuada nas esponjas e das duas formas nos Cnidários (Assexuada por brotamento ou sexuada).
Imagem: slideshare.com |
Chegando nos Platelmintos, Asquelmintos, Moluscos, Anelídeos e Artrópodes vemos que são considerados triblásticos (três folhetos germinativos) e protostomados, isto é, animais que se alimentam e digerem por um orifício (a boca). Platelmintos e asquelmintos correspondem a parasitas que vivem no mar alojados em outros animais e eles se diferem na forma estrutural (planárias formato dorso-ventral e nematóides em formato cilíndrico).
Imagem: slideshare.com |
Moluscos correspondem a lula, polvo, caramujos, caracois e lesmas marinhas. Alguns possuem concha mesmo que seja interna como o caso da lula. Outros não como o polvo e lesmas. As lulas e os polvos possuem cromatóforos, células responsáveis por soltar tinta colorida em defesa contra predadores. A reprodução aqui por diante acontece de forma sexuada.
Moluscos Imagem: vestibularenem.com |
Anelídeos são compostos por minhocas, vermes marinhos e sanguessugas, estes que realizam diversas funções desde a parasitar a servir de alimentos para outros seres ou favorecer o crescimento vegetal. Os Artrópodes por sua vez são mais complexos e corresponde ao maior filo animal existente. Sua composição se baseia em exoesqueleto, uma carapaça rígida corporal que é dividida em cabeça, tórax e abdome no caso dos insetos e cefalotórax e abdome no caso de crustáceos, aracnídeos e miriópodas.
Anelídeos |
Artrópodes Imagens: biologando.com |
Saímos dos protostomados e vamos para os Deuterostomados, onde há a presença de dois orifícios, um para ingestão de alimentos e outro para saída, respectivamente boca e ânus. Nestes encontramos os Equinodermos, animais com simetria em pentágono e bentônicos, compostos por pepinos-do-mar, estrela-do-mar, ouriços-do-mar, crinóides, ofíuros e bolachas. Encontramos também os Cordados, que são mais variáveis em sua composição.
Imagem: brainly.com |
O filo Chordata é divido em três categorias: Urochordatas, Cephalocordatas e Craniatas. Os urochordatas correspondem a animais marinhos semelhantes a cnidários pólipos. Exemplos: ascídeas e salpas. Os cephalochordatas correspondem a animais que se assemelham mais com os peixes. Exemplo: peixe bruxa. E os craniatas, também chamados de vertebratas, correspondem a maior parte do filo. Compõem os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.
Ascídeas - Urocordados |
Cefalocordado |
Vertebrados Imagens: googlesearch.com |
Vemos que a divisão dos animais percorre através de folhetos germinativos, sendo diblásticos as poríferas e cnidários, e triblásticos de platelmintos a cordados. Outra estrutura presente nesses seres é o Celoma (responsável pela forma anatômica do animal) em poríferas, cnidários e platelmintos, pseudoceloma em asquelmintos e celoma verdadeiro em moluscos à cordados. E assim cada filo varia em sua composição, alguns com propriedades particulares e outros com propriedades análogas, a dizer respectivamente pelas sanguessugas possuírem uma enzima chamada hirudínea capaz de promover a sucção hematófaga e as asas presentes em insetos e aves. E cada animal possui um nicho ecológico, ou seja, um papel a desenvolver na natureza, desde a predação, a formar colônias, realizar filtração ou a formar habilidades mais complexas como voar, pular, nadar, etc.
Por fim, a natureza permite a sua complexidade evolutiva. No caso das plantas que não são chamadas de filos, mas há uma divisão de sistemas menos complexos para as mais complexos, de início na água para a vida terrestre, assim como os animais também tem seu grau evolutivo, porém a saída da água para a terra é a mais complexa, pois há moluscos marinhos e terrestres, assim como artrópodes e cordados.
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