segunda-feira, 11 de março de 2019

Metabolismo Humano: Carboidratos

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Prezados leitores, são muitas datas comemorativas durante o ano que esperamos para ingerir nossos queridos glicídeos. Aquelas guloseimas no lanchinho da tarde ou aquelas gostosuras e travessuras que não precisa esperar o halloween para fazer parte do seu cardápio. Não só em doces, em diversos alimentos podemos enccontrar o açúcar. Para começar, existem vários tipos de açúcares que nossos nutricionistas já estão íntimos. Vamos saudá-los:

Glicose: a forma mais abundante encontrada nos principais alimentos que consumimos (cereais, grãos, massas e pão. Também presente em frutas, legumes, verduras e mel, só que em menor teor.

Nota importante: Todos alimentos que contém açúcares são convertidos em glicose no nosso organismo. Assim acontece com a frutose, como o nome já diz presente nas frutas, e o amido, presente nas batatas.

Frutose: é o campeão em grau de doçura mais elevado.  Presente nas frutas.

Galactose: Encontrado em laticínios


Observe a imagem a seguir da estrutura destes monossacarídeos

Imagem relacionada
Imagem: brainly.com.br

Repare que todos tem a mesma estrutura (C6H12O6), porém há variação na posição de algumas substâncias. O oxigênio na glicose e na galactose se encontra no primeiro carbono enquanto na frutose está no segundo. Com semelhança à glicose, a galactose varia na posição da hidroxila no quarto carbono à esquerda, enquanto na glicose se encontra à direita. Além da estrutura a função também é modificada, pois a frutose forma a cetona em sua extremidade superior e as outras duas formam aldeídos na parte superior. Com isso há variação em seu sabor.


Mas quem disse que os açúcares não podem ser combinados? E quando são, apresentam outras formas diferentes e são chamados de Dissacarídeos. Quais são?

Sacarose: Resultado de glicose + frutose. Pode ser encontrada na Cana-de-açúcar e na beterraba. O famoso açúcar de mesa.

Lactose: Através da glicose + galactose obtem-se o dissacarídeo presente em leite humano, a lactose.

Maltose: A união de glicose + glicose corresponde a um outro tipo de açúcar encontrado no processamento do malte, encontrado em grãos de cereais, principalmente na cevada.


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Estrutura dos Dissacarídeos
Imagem:


A diferença dos dissacarídeos além das moléculas está na ligação entre eles. Ainda sim existem combinações mais variáveis de açúcares. Os chamados Polissacarídeos que são responsáveis por armazenamento de açúcares. Quais?


Amido: encontrado em vegetais como batata, arroz, milho, trigo e mandioca.

Celulose: participa da composição da parede celular dos vegetais

Glicogênio: assim como o amido nos vegetais, o glicogênio é a forma armazenada de açúcares no fígado e músculo de animais.




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Estrutura
Imagem: carboidratosfarmfametro.blogspot.com



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Estrutura da Celulose
Imagem: clubevinhosportugueses,pt

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Estrutura do Glicogênio
Imagem: Carboidratos


Assim como os dissacarídeos, os polissacarídeos também variam na sua ligação. Mas vamos aprofundá-las. No nosso corpo temos enzimas capaz de quebrar estas moléculas. Sendo elas: amilase salivar, realiza a quebra de polissacarídeos em dissacarídeos na boca; amilase pancreática, no intestino delgado os dissacarídeos são convertidos em polissacarídeos; a sacarase, onde a sacarose é convertida em glicose e frutose; a maltase, onde a maltose é convertida em 2 moléculas de glicose; lactase, a lactose é convertida em glicose e galactose. Estas três ultimas enzimas são produzidas no intestino delgado.

O nosso organismo é capaz de quebrar a ligação alfa, mas não é capaz de quebrar a ligação beta (com excessão da lactose, pois é quebrada pela enzima lactase. Sendo assim, o nosso organismo não digere a celulose por conta dessa ligação (já pensou engordar com legumes e verduras também?!) Pois é, mas engordamos com alimentos de origem animal, onde a ligação a pode ser encontrada na sacarose, na maltose, no amido e no glicogênio.  Quanto o 1,4 e 1,6 se refere a posição dos carbonos na ligação.


Bem, conhecendo os carboidratos, vamos entender melhor como isso funciona no nosso corpo. Primeira etapa é a ingestão de alimentos. A segunda já é o processo de digestão começando pela absorção de nutrientes, onde enzimas auxiliam na quebra e conversão de polissacarídeos e dissacarídeos. Tendo a conversão dos glicídeos, estes são transportados na corrente sanguínea, e posteriormente são absorvidos nas células, onde se iniciará o metabolismo a fim da obtenção de energia. Com isto o açúcar será lisado, ou seja quebrado em várias outras moléculas. Processo chamado de glicólise. Tanto a frutose quanto a galactose serão quebradas da mesma forma, pois são convertidas em glicose. terminado isto iniciará a respiração aeróbia (Ciclo de Krebs) e anaeróbia (fermentação lática e alcoólica). No final de tudo ocorrerá a fosforilação oxidativa a fim de obter o produto, a energia necessária para o organismo.


Dito isto, de forma resumidíssima, esta é a principal funcionalidade dos glicídeos no nosso corpo, produzir atp, fornecer energia. E quando a gente ingere açúcar demais da conta? É aí que o nosso pâncreas atua com a produção de hormônios reguladores de açúcares. Insulina e glucagon, que respectivamente, armazena e libera o açúcar contido no glucagon, presente em nosso fígado. Claro que existem doenças relacionadas a esses fatores, como a Diabetes por exemplo, por defeito nesses hormônios, podendo haver sérias complicações e variações na sua enfermidade.


Além da produção de energia, os carboidratos são responsáveis pelo armazenamento dela também, gerando assim uma taxa de equílibrio em nosso organismo. Por isso tem suas vantagens e desvantagens, a começar pelo fornecimento de energia, estimulando no combate ao enfraquecimento do corpo, porém o lado negativo está no seu excesso de consumo e consequentemente na conversão em lipídeos, que, quando exagerados, podem causar prejuízos ao corpo.

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