segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Agroecologia Brasileira: O Uso de Agrotóxicos

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Assíduos leitores, vamos abordar sobre um assunto pertinente e que está em alta. Hoje em dia muito se fala em agricultura, pecuária, produtos transgênicos, etc. Fato que em média uns 10 anos atrás era pouco comentado e havia um certa restrição com estes assuntos. Não se trata só de criação de gado, plantações de verduras, legumes e frutas ou o próprio cultivo de alimentos. A agroecologia fornece estudos sobre as tecnologias aplicadas em sistemas orgânicos que favorecem ao setor ambiental, econômico e social.

Sendo assim, uma junção de agro, tudo que se refere ao plantio e a colheita destes materiais +  ecologia, um ramo integrado a biologia que estuda sobre ecossistemas de seres vivos. Neste modelo, a agroecologia se aplica a fertilidade do solo, sanidade vegetal, práticas conservacionistas e produção vegetal e todos os processos biológicos que ocorrem. Se tratando da agroecologia brasileira iremos abordar sobre os principais efeitos.


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Agricultura Brasileira
Imagem: brasilescola.com


O solo quando composto de matéria orgânica, é capaz de agregar vida, fornecendo seus nutrientes. As tecnologias que se aplicam envolvem o ciclo de gases decorrentes de bactérias utilizadas para acelerar crescimento do plantio tais como a cianobactéria, capaz de fixar N2 no solo; Adubação: capaz de formar e aumentar matéria orgânica como microorganismos no solo, por exemplo, a adubação verde, formada por restos de plantas capazes de trazer benefícios para o solo; Biomineralização, onde um mineral rico em nutrientes é inserido no solo e fungos e bactérias o transformam em alimentos para as plantas; Biofertilizantes, seja a base de plantas, pó de rocha e esterco, Agrobio, Biogel, Vairo dentre outros; Bokashi, de origem japonesa, feito com farelo de arroz, também fornece nutrientes as plantas.

Ainda existem outras técnicas utilizadas em solo, tais como húmus de minhoca, microorganismos fixadores de gases e nutrientes, pragas e doenças como indicadoras, assim como as plantas indicadoras. Entrando no contexto da sanidade vegetal, é necessário adotar todo cuidado necesário, atráves do tipo de solo, tempo de crescimento e desenvolvimento do vegetal, hidratação, através de sistemas de irrigação. Depois obtem-se a produção vegetal, isto é, a colheita entra em ação.

Neste processo, os alimentos passam por seleção e aqueles que estiverem em bom estado são atribuidos ao mercado, onde serão vendidos e estarão em sua alimentação. Claro que a história não é tão simples e bonitinha assim. Deve se ater os vilões durante esse processo. E estamos falando da Monsanto, uma empresa de produtos agrícolas responsáveis pela criação de herbicidas, como o Roundup e agrotóxicos, os grandes inimigos. Durante a Segunda Guerra Mundial, os agrotóxicos foram sugeridos como armamentos químicos, porém com o passar dos anos, passaram a ser aplicados como defensivos agrícola e a serem chamados de pesticidas, praguicidas ou produto fitossanitário.

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Agrotóxicos jogados por motor aéreo
Imagem: mst.org.br

No Brasil, os agrotóxicos são consolidados pela lei 7802, de 1989 (atualmente um projeto de lei está em vigor de mudança, o chamado PL6299) os agrotóxicos são financiados em pesquisa, agências sanitarias (ANVISA) e tecnologia. Com esta proposta de 2002 aprovada, os agrotóxicos passariam a serem chamados de "produtos fitossanitários" e o seu uso seria liberado. Porém, instituições de grande porte como a Fiocruz, Inca, Anvisa, Ibama e MPF são contra e já publicaram notas contra o projeto de Blairo Maggi (anterior ministro da Agricultura brasileira). 

No Brasil, o uso de agrotóxicos tem se intensificado cada vez mais, chegando ao ranking de lideração mundialmente. Muitos produtos que consumimos possuem agrotóxicos e isso pode trazer muitos malefícios a população. E de acordo com a Coordenação-geral de agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, cerca de 28 agrotóxicos seriam importados para o Brasil, segundo projeto liberado pelo governo. Em destaque o Sulfoxaflor, muito utilizado nos Estados Unidos, o Metomil, extremamente tóxico e usado em culturas de algodão, batata, soja, couve e milho. O Imazetapir também se encaixa no quesito extremamente tóxico. Três destes apresentam baixa toxicidade: o bioBio-imune, Paclobutrazol 250 e Excellence Mig-66, indicados para culturas de manga ou até mesmo para a agricultura orgânica.

Contudo, há possibilidade de reverter esse quadro na política. Sendo válido lembrar que Ministério de agricultura é totalmente diferente do Ministério do Meio Ambiente, porém a sustentabilidade pode ser empregada. Devendo se levar em conta as práticas conservacionistas, adotando métodos como Quebra-Vento, Cordões de Contorno e Rotações de Cultura, com o intuito de preservar a diversificação em propriedades agroecológicas. 

Com técnicas ecológicas e biosustentáveis, é possível um bom manuseio de transição agroecológica e produção orgânica, levando em conta algumas observações: o material ser aprovado pelo agricultor, a utilização de selos nos produtos, e as empresas que cooperam junto com a agroecologia, como a Embrapa promoverem novas tecnologias que possam reduzir e mudar o panorama de ameaças a agricultura.






FONTES:
Agroecologia Brasileira. Disponível em: http://agroecologia.gov.br/

Projeto de lei que quer mudar a Legislação de Agrotóxicos no Brasil. Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/noticia

O que são Agrotóxicos. Disponível em: https://www.ecycle.com.br/3671-agrotoxicos

Políticas Anunciadas pela Ministra da Agricultura preocupa Indígenas. Disponível em: https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/379197

Na Contramão Europa e Eua, Brasil Caminha Para liberar mais Agrotóxicos. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44621328

Governo Brasileiro Liberou Registros de Agrotóxicos altamente tóxicos. Disponível em: brasil.elpais.com

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